sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Gaeco sofre derrota no Tribunal

Após três anos de luta judicial, um grupo de policiais civis foi absolvido das acusações de formação de quadrilha e extorsão. A suposta vítima, Abraão Fernandes Ribeiro, na verdade, trata-se de um falsário com larga ficha criminal. Acostumado a aplicar golpes de estelionato na Grande Cuiabá, montou um falso flagrante contra os policias que o investigavam.
Policiais que foram inocentados
Odir da Silva Avalos, Paulo Rogério Oliveira Moraes, Enoque Fernandes Leite e Hélio Martins de Oliveira Filho foram defendidos pelo advogado Carlos Frederick que salienta a grande injustiça sofrida pelos seus clientes. “Esse Abraão é um estelionatário conhecido, tem várias passagens criminais e tinha muito interesse em prejudicar os policiais”, frisa.

O advogado afirma que as supostas provas alegadas pelo criminoso, como gravações telefônicas, nada provavam. Ao contrário, era nítida a tentativa de tendênciar os diálogos. Nos autos do processo constam informações de que o estelionatário tinha costume de sobreviver praticando golpes. Entre eles, há a informação que Abraão tentou abrir uma conta, com documentos falsos, no banco HSBC, localizado na Avenida Getúlio Vargas, na Capital.
No entanto, o grupo de policiais prendeu o falsário em flagrante. Com isso, o criminoso alegou que estava tentando levantar fundos para pagar o suposto suborno do qual era vítima. Numa tentativa clara de prejudicar as investigações policiais, ele promoveu um verdadeiro teatro acionando o Ministério Público para afirmar inverdades que poderiam o inocentar de seus crimes.
Relembre o caso
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e a Corregedoria da Polícia Civil prenderam os cinco investigadores da Polícia Civil acusados de extorsão.

Eles foram denunciados por Abraão, que tinha passagem pela polícia por estelionato e que, segundo ele, era constantemente vítima de extorsão para evitar nova prisão.

Segundo o criminoso, desde que foi preso por estelionato, em 2003, vinha sendo procurado por policiais civis que cobravam propina para não armar um flagrante contra ele e levá-lo de volta à prisão. Durante quase cinco anos, teriam sido extorquidos cerca de R$ 20 mil.

Ana Adélia Jácomo
Estação Política

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